MIGUEL ARAÚJO

Em Casca de Noz, Miguel Araújo apresenta-se sozinho no palco, à deriva, por entre guitarras, ukeleles, um piano e as canções. Aquelas que o músico compôs para ele próprio cantar, outras que escreveu para serem cantadas por outros e ainda as que vierem a propósito na altura.
O espetáculo Casca de Noz é a imagem dessa embarcação frágil, que pode colapsar e afundar a qualquer momento. Mas também é a expressão que os anglófonos usam quando querem recorrer ao poder da síntese.

Casca de Noz é também imagem de coisa robusta. Podem ser as músicas e essa força de poderem existir como quando nasceram, tocadas só ao piano ou à guitarra.

O cantautor confessa que anda sempre à procura dessas canções. “Aquelas que caem na rede de caçar borboletas que um compositor nunca recolhe. Sonho com aquelas que, de tão imensas, cabem dentro duma casca de noz.”