Fórum municipal

Luísa todi

Novo edifício


Após a concretização de um projeto de requalificação do edifício, a sala de espetáculos, originalmente inaugurada em 1960, reabriu ao público a 15 de setembro de 2012 completamente modernizada e dotada de uma panóplia de valências necessárias para tornar possível o acolhimento de eventos de diferentes estilos artísticos, assim como iniciativas com outras características, tais como congressos e seminários.Mesmo com as profundas e complexas intervenções do projeto de requalificação, a distinta traça arquitetónica foi mantida e permanece como uma das imagens de marca da cidade.

  • O Cineteatro Luísa Todi, inaugurado a 24 de julho de 1960 e cujas linhas arquitetónicas se mantêm, é da autoria do arquiteto Fernando Silva, responsável por projetos emblemáticos, nomeadamente em Lisboa, como o edifício Imaviz, o Hotel Sheraton ou o Cinema São Jorge
  • O projeto de remodelação, datado de 2009, foi concebido por Paulo Ramos e Cidália Worm, do gabinete ETU – Espaço, Tempo e Utopia, a partir de um plano desenvolvido pelo arquiteto municipal Sérgio Dias
  • Foyer com espaços de exposição, área de venda de merchandising e bengaleiro. Também dá acesso à bilheteira e ao elevador que serve o balcão
  • Playground para crianças, com entretenimentos para os mais jovens se divertirem no decurso dos espetáculos. Nalgumas iniciativas as atividades podem ter as mesmas temáticas dos eventos, incrementando a posterior partilha de experiências em família
  • Cafetaria localizada sob a entrada para a sala principal
  • Estrutura do edifício reforçada com sistema de resistência sísmica
  • Sérgio Vicente é o autor do conjunto escultórico evocativo de Luísa Todi, composto por dois elementos localizados no exterior e no interior do edifício
  • A escultura exterior, defronte à entrada principal, tem três metros de altura e inspira-se numa gravura de Luísa Todi distribuída no espetáculo da cantora realizado a 10 de fevereiro de 1791, no Teatro di San Samuele, em Veneza, Itália
  • A escultura interior, fixada na parede do foyer, indica os anos e as cidades onde Luísa Todi atuou ao longo da carreira
  • O conjunto escultórico, no valor de 35.300 euros, foi doado à cidade pela Fundação Buehler-Brockhaus

Sala Principal

Espaço reservado a eventos de maior dimensão, capaz de acolher grandes espetáculos, como também congressos, seminários, colóquios ou iniciativas de outra natureza.

  • Sala forrada a madeira para proporcionar melhores condições de acústica
  • Lotação total para 634 pessoas
  • Plateia, inclinada e adaptada para pessoas com mobilidade reduzida, com 398 lugares
  • Balcão com lotação para 236 pessoas
  • Palco com profundidade total de 16,8 metros. Caixa de Palco com 20,5 metros de largura, 12,5 de profundidade e 14 de altura até à teia. Boca de cena com 12,7 metros de largura e sete de altura
  • Iluminação cénica com 110 projetores
  • Sistema cénico com 14 varas contrapesadas e 15 varas motorizadas
  • Fosso de orquestra com capacidade para 55 músicos, permitindo a realização de óperas e musicais
  • Quatro cabinas de tradução permitem a realização de eventos de cariz internacional

Roof61 :: Bar Lounge

Espaço com dois horários distintos: Dia e Noite.Durante o dia funciona como lounge, pensado para descontrair, proporcionando um local calmo com musica ambiente e onde se pode apreciar a vista sobre a cidade e o rio Sado.

No horário da noite transforma-se em bar, com DJ residente aos fins de semana e vésperas de feriados.O Roof61, localizado no topo do Fórum Luísa Todi, tem duas varandas amplas, que oferecem como pano de fundo vistas panorâmicas para a cidade, a baía e a serra.

HISTÓRIA


Passado centenário

O “Luísa Todi” foi inaugurado em 24 de julho de 1960 e é propriedade da Câmara Municipal desde 1990. O edifício encontra-se implantado no local onde existiu o Teatro Rainha D. Amélia, uma referência na arquitetura de interiores e um marco da história teatral de Setúbal e do País.O antigo edifício foi considerado por Sousa Bastos, no Dicionário do Teatro Português, publicado em 1908, como sendo “talvez a mais bonita e elegante casa de espetáculos de Portugal”, a rivalizar, na época, com a sala homónima de Lisboa.O teatro havia sido construído pela Empresa de Recreios Setubalense e as obras de construção tiveram início a 4 de outubro de 1894, sob direção do arquiteto italiano Nicola Bagaglia.

O Teatro Rainha D. Amélia foi inaugurado a 1 de agosto de 1897, com um vasto programa, do qual faziam parte a cançoneta “Ventura, o Bom Velhote” e as encenações “O Livro de Mesmer” e “A Barcarola”, esta última do autor setubalense Arronches Junqueiro. O teatro era bem iluminado, a Bico Auer, ou seja, a gás, tendo a sala 222 lugares na plateia, oito frisas, 17 camarotes de primeira ordem, outros dez de segunda ordem, dois balcões e galeria de fundo. Os cenários eram da autoria dos artistas Eduardo Machado, João Vaz, Francisco Augusto Flamengo e Augusto Pina.Dos elementos decorativos que recheavam aquele teatro, sobressaem, entre outros exemplos ornamentais, o artístico pano de boca, concebido pelo pintor setubalense João Vaz e que hoje integra o acervo do Museu de Setúbal/Convento de Jesus.

Luz republicana

Após a implantação da República, o Teatro D. Amélia perdeu o nome régio e em janeiro de 1911, concluída a instalação do Centro Republicano, passou a denominar-se Teatro Avenida.O edifício atravessou um período de degradação das instalações, recebendo, em 1915, a Academia Sinfónica de Setúbal, que rebatizou a sala de “Luísa Todi”.Em maio de 1918, depois de ter encerrado ao público, o Luísa Todi reabriu modernizado, no formato de cineteatro, resultado da instalação da rede elétrica no edifício.No entanto, a fase era de decadência e o teatro chegou a ser alvo de vandalismos, tendo, posteriormente, sido adquirido por Raul Perfeito dos Santos, que reparou, remodelou e entregou o edifício à Empresa Rosa Albino.Depois da morte do empresário José Maria da Rosa Albino, o teatro deixou de ter atividade artística e o edifício começou a apresentar sinais de ruína. Nesse período, porém, chegou a servir de sede da Sociedade Musical e Recreativa União Setubalense.Adquirido, entretanto, pela Companhia União Fabril, o Luísa Todi foi demolido para, em seu lugar, se construir o atual edifício, igualmente um cineteatro.

À total demolição de uma sala de inspiração italiana, sucedeu o Cineteatro Luísa Todi, de traça modernista, desenhada pelo arquiteto Fernando Silva.O novo equipamento começou a ser construído em 1958 e seria inaugurado, dois anos depois, no dia 24 de julho, pelo Presidente da República Américo Tomás.O Cineteatro Luísa Todi abriu oficialmente ao público a 25 de julho de 1960, ano em que Setúbal comemorava o primeiro centenário de elevação a cidade.Edifício do Fórum Luísa Todi construído em 1960A exibição do filme “Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. DeMille, marcou a primeira iniciativa de cariz cultural da nova sala de espetáculos de Setúbal.Ao longo da gestão autárquica, o Fórum Municipal Luísa Todi beneficiou de vários investimentos no sentido de se modernizar a sala e a qualidade do serviço cultural prestado.O mais significativo realizou-se com as profundas e complexas obras de remodelação iniciadas em 2009, que culminaram com a reabertura da sala, a 15 de setembro de 2012, completamente renovada e modernizada, mantendo, contudo, as linhas arquitetónicas que se tornaram um ícone na cidade de Setúbal.