
Caim ou A Divina Cegueira
Teatro Estúdio Fontenova
11, 12, 15, 16, 17, 18 e 19 de novembro . 21h00
Dia 13 . 16h00
Dia 14 . 15h00 (sessão para escolas)
Dia 20 . 16h00
Teatro Estúdio Fontenova
11, 12, 15, 16, 17, 18 e 19 de novembro . 21h00
Dia 13 . 16h00
Dia 14 . 15h00 (sessão para escolas)
Dia 20 . 16h00
Teatro Estúdio Fontenova
Em “Caim”, Saramago narra com ironia e sarcasmo uma versão crítica dos episódios do Antigo Testamento. Caim, o primeiro dos assassinos, deriva solitário pelo tempo e pelos povos, questionando o dogma religioso que tudo justifica, e confrontando diretamente o Deus bíblico ancestral, negligente e impiedoso. Em ambos se assomam as imperfeições da natureza humana.
Levamos agora esta história ao palco pela primeira vez em Portugal. Sujeitámo-nos a horas de debate sobre o livro, o autor, a política, a religião e a fé. Seguiram-se ponderações inadiáveis sobre o cartaz, a sinopse, o cenário, os figurinos, a música e a interpretação. Porque é “Caim” uma obra tão revolucionária hoje? O que podemos nós acrescentar às palavras de Saramago? Como pode o humor ser a coisa mais séria do mundo?
Tal como Deus e Caim, a única coisa que sabemos é que continuámos a discutir, e que a discutir estaremos ainda… até ao fim dos tempos. Hoje pensar é um ato revolucionário. Pensemos!
Sinopse
A partir da obra “Caim”, de José Saramago, é criado um espetáculo com o título “Caim ou a Divina Cegueira”. Em “Caim”, Saramago dá-se à liberdade de narrar, a seu bel-prazer, episódios do Antigo Testamento, sublinhando o perfil menos recomendável do Deus bíblico ancestral. Caim, o primeiro dos assassinos, adquire protagonismo num diálogo direto com Deus, em doses copiosas de ironia e sarcasmo, com que Saramago os retrata, munidos de todas as imperfeições da humana natureza. Ao dar à cena este espetáculo, homenageamos esta figura maior da criação literária, é conveniente não cair na tentação de considerar este Deus uma criação humana, ou sequer reforçar a narrativa do uso do nome de Deus para justificar jogos bélicos, ávidos de poder, de onde o divino se ausentou para parte incerta.