As Alegres Comadres de Windsor

“As Alegres Comadres de Windsor”, de William Shakespeare, obra publicada em 1602, foi escrita a pedido da rainha Isabel I, que igualmente solicitou ao autor que incluísse a personagem que muito admirava, John Falstaff, um famoso fanfarrão e boémio que aparece em “Henrique IV”.

Surge, então, “As Alegres Comadres de Windsor”, peça que relata as peripécias de Falstaff , um fidalgo decadente, ao tentar seduzir duas mulheres casadas que geriam o dinheiro dos maridos, com o único intuito de levar vantagem financeira.

Falstaff só não sabia que elas eram comadres e, assim que descobrem o plano, decidem vingar-se, desmascarando o Don Juan, protagonista deste enredo.

A ação desenrola-se em cinco atos repletos de sucessivos equívocos, enganos e simulações, a um ritmo hilariante.

Profundamente atual pela sua ironia e pela sua mordacidade, apresenta uma visão satírica e crítica sobre aqueles que procuram tirar partido da condição feminina para atingir outros objetivos e se promoverem económica e socialmente.

Ao mesmo tempo, ridiculariza os maridos que, desconfiando permanentemente das mulheres, fazem do ciúme a arma da sua conduta e caem no ridículo pelos excessos que são levados a cometer.

A peça As Alegres Comadres de Windsor diferencia-se da restante obra dramática do autor por algumas particularidades como por exemplo, ser a única escrita em prosa e retratar o quotidiano da classe média provinciana.